ÉTICA DO EXPLÍCITO
CRÍTICA AO RACIONALISMO, À AGNOSIA MORAL E AO DESPREZO PELA RAZÃO COMPLEXA E PELO PENSAMENTO NOÉTICO
DOI:
https://doi.org/10.12662/2447-6641oj.v22i39.p1-34.2024Palavras-chave:
Dualismo cartesiano, Monismo spinozano, Racionalismos, Agnosia moral, Ética do explícitoResumo
Objetivo: O artigo pretende demonstrar como determinado tipo de racionalismo, ao promover a indiferença pela complexidade da condição humana e o desprezo por possibilidades epistemológicas mais integrativas, pode induzir a uma habituação moral capaz de insensibilizar eticamente o ser humano diante dos fenômenos que ofendem a existência do outro.
Metodologia: A abordagem metodológica utilizada se serve da filosofia retórica aplicada à revisão de literatura por meio do método hipotético-dedutivo. Partindo de textos de autores e propósitos distintos, o artigo desenvolve retórica estratégica útil para criticar determinadas formas de lidar com fenômenos constituintes da realidade material, realçando sua naturalizada incompletude.
Resultados: O desenvolvimento do trabalho permitiu organizar conceitos e ideias demonstrativas da efetiva agnosia moral produzida por modos de pensar que desafetivam os fenômenos relevantes nas interações humanas, sejam entre humanos, sejam destes com o meio ambiente. A partir dessa organização argumentativa, pôde-se criticar, a partir dos referenciais teóricos utilizados, a redução epistemológica causada pelo racionalismo, fenômeno que está na origem da ética do explícito.
Contribuições: A conceituação dessa modalidade de expressão ética permite introduzir, no debate sobre temas morais caros ao direito e à política, reflexões sobre a dessensibilização do pensamento racional, ocorrência que termina por criar culturas refratárias à alteridade e à razão compassiva, somente se sensibilizando diante da explicitude de seus efeitos negativos.
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