ÉTICA DA TOLERÂNCIA E SEUS INIMIGOS: IMPRECISÃO CONCEITUAL DE PLURALISMO, PERMISSIVISMO E RELATIVISMO COMO OBSTÁCULO A SEUS PRÓPRIOS IDEAIS
DOI:
https://doi.org/10.12662/2447-6641oj.v17i26.p13-41.2019Palavras-chave:
Ética da tolerância, Ideologia e Direitos humanos, Pluralismo, Multiculturalismo, RelativismoResumo
Os direitos humanos constituem um marco para uma ética da tolerância. Partindo dessa premissa, o artigo reconhece na democracia e no constitucionalismo contemporâneo, simultaneamente, um depositário e uma fonte dessa ética, e afi rma que esta pode ser enfraquecida pelo efeito prático da interpretação de determinadas propostas epistemológicas jurídico-políticas. Notando o risco de subversão dessas propostas por meio de sua implementação irrefl etida, o texto articula refl exões sobre como o ideal da tolerância, essencial aos direitos humanos, pode perder suas potencialidades emancipatórias a partir de uma estratégia retórica que se serve de imprecisões conceituais ao tratar de temas como multiculturalismo e pluralismo, que hoje atraem simpatias ao discurso humanístico, para promover determinados tipos de relativismos e permissivismos capazes de inviabilizar o cumprimento das promessas do constitucionalismo e de seu conteúdo ético, gerando os paradoxos da tolerância. Estes, quando admitidos acriticamente em nome de excessiva maleabilidade moral, relativizam excessivamente os valores que ordenam a sociedade e ameaçam o próprio ideal que lhes deu origem, colocando sob risco a sobrevivência da própria ética da tolerância e subvertendo o substrato moral da ideologia da tolerância.
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