Efeito Eliza
implicações da projeção antropomórfica à integridade psíquica diante da utilização de chatbots para cuidados com a saúde mental
DOI:
https://doi.org/10.12662/2447-6641oj.v22i41.p272-308.2024Palavras-chave:
direitos da personalidade, Efeito Eliza, saúde mental, chatbots, inteligência artificialResumo
como programas de computador que possuem habilidades para manter uma conversação com humanos, tem ganhado relevo na área da saúde, sobretudo para fins de cuidados com a saúde mental. Tais sistemas inteligentes, disponíveis para interação a qualquer tempo, podem conduzir exercícios para o controle de sintomas de estresse, ansiedade, depressão e ideação suicida. Diante do avanço tecnológico, é essencial verificar se as implicações da projeção antropomórfica, que é a tendência humana de atribuir características humanas a objetos, em tais conversas, não poderiam ofender a integridade psíquica do indivíduo, um direito da personalidade.
Objetivo: O presente trabalho tem por objetivo analisar as implicações do Efeito Eliza e da projeção antropomórfica ao direito da personalidade à integridade psíquica diante da eventual utilização de chatbots para fins de cuidados com saúde mental.
Método: A pesquisa utilizou o método hipotético-dedutivo, fundamentado em revisão bibliográfica.
Resultados: Como resultado, verificou-se que há uma tendência humana de antropomorfizar dispositivos tecnológicos, lendo respostas como resultados de emoções humanas, o que pode provocar apego, identificação e dependência, diante da percepção de reciprocidade, cenário que pode gerar ofensa à integridade psíquica.
Conclusões: Há implicações éticas e jurídicas no que tange a sistemas de conversação para fins terapêuticos, especialmente em relação ao direito à integridade psíquica. É importante considerar também as questões ligadas à privacidade das informações compartilhadas, à segurança e a vieses discriminatórios.
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