Amizade e democracia
uma revisão sistemática da literatura a partir de Aristóteles e C. S. Lewis
DOI:
https://doi.org/10.12662/2447-6641oj.v23i42.p149-169.2025Palavras-chave:
amizade, democracia, Aristóteles, C. S. Lewis, revisão sistemáticaResumo
Contextualização: O artigo investiga se as perspectivas filosóficas adotadas por Aristóteles e por Clive Staples Lewis, no que tange à amizade e seu reflexo na inserção do homem na comunidade política, têm sido discutidas no meio acadêmico. Aristóteles, na Ética a Nicômaco, e C. S. Lewis, no ensaio Os quatro amores, viram na amizade um fator importante para o florescimento humano e destacaram, com diferentes enfoques, sua relação com a inserção do homem na comunidade política. Aristóteles enfatizou o valor da amizade para a coesão social. C. S. Lewis, ao contrário, destacou seu potencial desagregador, posto que a amizade seleciona e exclui.
Objetivo: Averiguar se e em que medida a discussão entre as perspectivas filosóficas adotadas por Aristóteles e por C. S. Lewis, no que tange à amizade e seu reflexo na inserção do homem na comunidade política, tem sido feita no meio acadêmico, assim como reunir e resumir as evidências existentes e identificar lacunas inexploradas ou pouco exploradas.
Método: Trata-se de uma revisão sistemática da literatura nas principais bases de dados acadêmicas, sem restrição de data e de idioma, com o suporte do método Systematic Search Flow.
Resultados: As evidências documentais derivadas da revisão sistemática da literatura revelam que: (i) as pesquisas discutem amizade e democracia sem, no entanto, estabelecer uma correlação entre os filósofos, tampouco um confronto entre suas ideias; (ii) a amizade frequentemente é observada na dimensão dos relacionamentos interpessoais; (iii) o Brasil não está entre os países que pesquisam a intersecção entre amizade e democracia na perspectiva filosófica. Conclui-se que as discussões feitas no meio acadêmico não se aproximam, senão de modo muito indireto, das perspectivas filosóficas adotadas por Aristóteles e por C. S. Lewis, no que tange à amizade e seu reflexo na inserção do homem na comunidade política. Tais lacunas abrem espaço para futuras investigações no Brasil e no mundo, ao mesmo tempo que cumprem o propósito de estimular a reflexão ético-política de maior riqueza e criteriosidade em pesquisas futuras.
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