Perfil epidemiológico dos casos de sífilis congênita em um município de médio porte no nordeste brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.12662/2317-3076jhbs.v5i1.1012.p56-61.2017Palavras-chave:
Análise de dado, Epidemiologia descritiva, Sífilis CongênitaResumo
Introdução: A sífilis congênita é ocasionada pela transmissão vertical da bactéria, Treponema pallidum, ou seja, da gestante para o concepto por via transplacentária. É considerada como sendo um sério problema de saúde pública. Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos casos de sífilis congênita no município de Sobral, Ceará. Metodologia: Levantamento epidemiológico, descritivo utilizando dados secundários com abordagem quantitativa. Os dados foram coletados a partir das notificações do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, referentes ao período de 2008 a 2013. Foram analisadas variáveis sociodemográficas das gestantes, acompanhamento da gestação e relacionadas ao recém-nascido. Resultados: Foram diagnosticados e notificados 119 casos de sífilis congênita, sendo possível observar que a partir do ano de 2010 o número de casos aumentou substancialmente, passando de 9 casos para 45 em 2013. A incidência anual variou de 1,8 casos/1000 nascidos vivos, em 2008, a 13,8 casos/1000 nascidos vivos, em 2013. Quanto às características da assistência pré-natal, 115 gestantes realizaram pré-natal (96,6%) e 74 (62,1%) mulheres tiveram o diagnóstico da sífilis na gestação, sendo que apenas oito (6,7%) tiveram o tratamento de forma adequada. Conclusão: O perfil da sífilis congênita do município estudado aponta para uma aceleração da incidência de casos no período analisado, embora dados mais recentes de 2015 apresentem redução significativa da notificação. A ocorrência dos casos da SC está amplamente relacionada com falhas no tratamento das gestantes infectadas, carecendo de preenchimento de lacunas no pré-natal que reforçam estratégias de prevenção dos casos.
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